domingo, 26 de junho de 2011

ABORDAGEM INFORMACIONAL (Edson Paim & Rosalda Paim)

EXTRAÍDO DO LIVRO:



SISTEMAS, AMBIENTE
& MECANISMOS DE CONTROLE




               SISTEMISMO ECOLÓGICO CIBERNÉTICO INFORMACIONAL


                                                            1a. Edição


                                                

Edson Paim

Rosalda Paim


CAPÍTULO V

                        VIDA, INFORMAÇÕES, ENTROPIA E NEGENTROPIA

                                    (ABORDAGEM INFORMACIONAL)

A abordagem informacional privilegia o estudo dos circuitos de informação e comunicação que integram e permeiam qualquer sistema, quer  seja de natureza física, biológica, tecnologia ou social, incluindo seus processos internos e suas relações com o ambiente.

Tal ponto de vista se fundamenta na Teoria da Informação.

A teoria da informação ou Teoria Matemática da comunicação é um ramo da teoria da probabilidade e da matemática estatística que lida com sistemas de comunicação, transmissão de dados, criptografia, codificação, teoria do ruído, correção de erros, compressão de dados.  (Wikipédia).

A Teoria da Informação não deve ser confundida com a tecnologia da informação e nem com a biblioteconomia.

A ideia de dinamismo, de movimento, de processo, de “fisiologia”, que o Sistemismo encerra, é reforçada pelo concurso da Cibernética (integrante da Teoria Geral dos Sistemas) e pela Teoria da Informação (tributária da Cibernética).

A abordagem informacional corresponde ao quarto degrau ou etapa do processo da construção da metodologia Sistêmica Ecológica Cibernética Informacional, a qual poderia designada, apenas, Sistêmica Ecológica Cibernética, porque, na realidade, a Cibernética já albergaria, no seu próprio âmbito, a Teoria da Informação.

Entretanto, preferimos utilizar a primeira hipótese, a fim de expressar a presença de todos os quatro componentes da metodologia construída.

Apesar de concordarmos que a Teoria da Informação já integre a Cibernética, julgamos conveniente lhe atribuir, para fins operacionais, uma identidade própria, pois sua amplitude se avulta como participante do conjunto de ciências da complexidade.

Colocamos a Teoria da Informação em nível de igualdade com a Cibernética, no momento da elaboração da Perspectiva Cibernética Informacional (Capítulo anterior), acompanhando Morin1, que a põe ao lado da Teoria Geral dos Sistemas e da Cibernética, a fim de constituir o que ele denomina “Trindade  Profana”.

Segundo Franceliin2, “Aceitando-se o objeto de estudo da ciência da informação em seu contexto, talvez não seja tarefa difícil detectar a relação entre a "Trindade profana" proposta por Morin (1999a) e a ciência da informação. São três teorias já conhecidas da ciência da informação que fazem parte desta Trindade": a teoria de sistemas, a cibernética e a teoria da informação. 

Vale lembrar que Morin3 (1999a) reputa, à função da teoria de sistemas, da cibernética e da teoria da informação, uma possível via de entendimento de mundo que considera complexo, não suas relações, pois isto não seria possível devido às limitações da capacidade humana e dos fenômenos inexplicáveis propostos pela natureza, mas sim analisar a complexidade que permeia estas relações.”

O que talvez Morin4 (1999a) queira esclarecer por meio destas três teorias é que a informação, como a própria ciência da informação a entende, esteja presente em quase todas as fases da auto-organização de mundo proposta pelo autor e justamente naquilo em que a ciência da informação talvez não conceba tal ocorrência, ou seja, no ruído da mensagem entre emissor e receptor através de um canal, "[...] (ordem a partir do ruído), não apenas da desordem, mas a partir do ruído" (Morin, 1999a, p.29). 

Ainda,  Francelin5 refere: Portanto, parece ser interessante à ciência da informação uma aproximação do instinto formativo bachelardiano da complexidade morinana e sua "Trindade profana" (teoria da informação, cibernética e teoria de sistemas), pois entende-se que este possa ser o caminho para possível compreensão de determinados contextos de complexidade que possam envolver a atividade informacional.”

A Teoria Geral dos Sistemas, a Cibernética e a Teoria de Informações se complementam entre si e se conjugam no trato de fluxos informacionais e mecanismos de regulação e controle, constituindo, cada um componente desta tríade, aspecto relevante no processo de construção do Sistemismo Ecológico Cibernético Informacional.  

Estas três ciências, acrescidas da Ecologia, são as componentes essenciais, ou melhor, podemos afirmar que estes ramos do conhecimento constituem os quatro pilares principais do construto de nossa autoria - Sistemismo Ecológico Cibernético Informacional  (Capítulos X a XII).

As informações estão na base da todos os mecanismos de controle, além de permear todas as três ciências já referidas (Teoria Geral dos Sistemas, Ecologia e Cibernética), influindo na totalidade dos processos biológicos e sociais.  
        
      O sistema humano, como outros sistemas vivos, em seu processo de integração, tem necessidade, dentre outros fatores, de comunicações e da informação, as quais consomem, desperdiçam e degradam energia.

A informação, contida no código genético, permeia todos os organismos vivos, alcançando quaisquer dos seus processos interiores (estruturais ou fisiológicos) e a totalidade das suas relações com o ambiente.

Em qualquer processo de transmissão de mensagens, há possibilidades de equívocos, tais como erros de codificação, de emissão, de transmissão, de decodificação, ou perturbações várias, decorrentes da interferência de ruídos ou de outros fatores mecânicos.
           
Foi esta observação que deu ensejo à teoria matemática da informação (SHANNON & WEAVER, The Mathematical Theory of Communications, 1949): Shannon observou que uma mensagem enviada através de um canal qualquer sofre deformações diversas durante a transmissão, razão pela qual, ao chegar ao destino, uma parte das informações que continha já está perdida. Estabeleceu, assim, a analogia entre esta perda e a entropia, função que, com base no segundo princípio da termodinâmica, exprime a degradação da energia que se verifica em qualquer transformação de trabalho mecânico em calor, ao passo que a transformação inversa (do calor em trabalho mecânico) nunca é completa.6

A partir da analogia entre a perda de informação e a entropia, se tornou possível estabelecer que a quantidade de informações, transmitidas, poderia ser calculada como entropia negativa.

Na transmissão das mensagens, semelhantemente ao que acontece na transformação de qualquer modalidade de energia em outra, a entropia negativa (negentropia) decresce continuamente porque a positiva (perda de informações ou degradação de energia) cresce continuamente.

 “Com base nessa analogia, o calculo das possibilidades, utilizado pela termodinâmica pode ser empregado como instrumento muito oportuno para determinar as fórmulas com que a medida da quantidade de informações pode ser expressa em cada caso, cujas variações dependem do número e da freqüência dos símbolos utilizados, de sua possibilidade de combinação, da interferência dos fatores de perturbação dos símbolos e assim por diante. Nesse último caso, toma-se em consideração os símbolos chamados redundantes, cuja finalidade é prever e corrigir os erros de transmissão antes que ocorram, de tal modo que o funcionamento da transmissão seja corrigido antecipadamente pela previsão das perturbações com o processo de retroalimentação7” .

Quanto mais improvável é uma mensagem, maior é a carga de informação que ela transmite. Daí ter-se uma quantidade mínima de informação quando esta permite apenas uma escolha entre duas possibilidades que tenham a mesma probabilidade.

 Tal quantidade mínima foi estabelecida como unidade de medida de informação e designada bit (abreviação da expressão inglesa binary digit = cifra binária).

A energia do universo tende a se distribuir no sentido de um  maior nivelamento, em sua forma mais degradada, anárquica, caótica, indiferenciada, equilibrada e mais estável possível, designando-se esta característica com o nome de entropia.

O termo entropia foi criado por Clausius8 (l850), estribado no segundo princípio da Termodinâmica, com a finalidade de  denotar a tendência da totalidade dos sistemas, no sentido do resfriamento ou nivelamento energético, da desorganização, da indiferenciação e catamorfose, da mesmice e do caos, enfim, da morte.

A Termodinâmica estuda a energia, sua transferência e condução, bem como os efeitos destes processos em um sistema determinado e no seu ambiente.

Entropia é a medida da perda das características que fazem com que um sistema se diferencie do seu ambiente.

“Entropía es el grado de desorden, el equilibrio máximo en el cual no se puede haber cambios físicos ni químicos, ni se pude desarrollar ningún trabajo y donde la presión, la temperatura y la concentración son uniformes e irreversibles en todo el sistema. Solo los sistemas en desequilibrio pueden desarrollar trabajo.9

Consoante o princípio da unidade da energia, uma modalidade de energia pode ser transformada em outra.

“De acuerdo con la  primera ley de la termodinámica, en cualquier proceso el total de energía de un sistema más la de alrededores permanece constante. Sin embargo la energía puede sufrir transformaciones de una forma a otra, como lo son, el calor, la luz, la electricidad, la energía mecánica y la química. La segunda ley de la termodinámica limita los tipos de transformación de energía y predice la dirección en la cual dichas transformaciones deben ocurrir, desde un punto de vista estadístico, en cualquier proceso químico o físico. La segunda ley de la termodinámica establece que, en los sistemas cerrados, todo procede en la dirección del máximo equilibrio entre el sistema y sus alrededores (el universo). A esto se lo conoce como aumento de la entropía. Entropía es el grado de desorden y  de caos.10

Há uma tendência universal para os estados de maior degradação: catamorfose, indiferenciação, um direcionamento para baixo (resfriamento, nivelamento energético, desorganização, caos), enfim, a “morte entrópica”, incluindo a morte dos sistemas vivos.

Mario Chaves11 diz que Gibbs formulou a teoria de que essa probabilidade tende naturalmente a aumentar, acompanhando o envelhecimento do Universo e que a medida dessa probabilidade é designada entropia.

Existe, pois, uma tendência universal característica da entropia, a de aumentar continuamente, no sentido de estados de maior degradação: catamorfose, indiferenciação, tudo sendo direcionando para baixo (resfriamento, nivelamento energético, desorganização, caos), enfim, a “morte entrópica”, incluindo a morte dos sistemas vivos, sendo esta tendência designada com o nome de entropia, a qual teria a probabilidade de aumentar com o envelhecimento do universo.

A medida de tal probabilidade é designada entropia. 

Em razão dessa tendência de aumento contínuo e permanente da entropia, pode se afirmar que o estado mais provável do planeta Terra é o seu total resfriamento.

Tal já aconteceu com Marte, cujo estado atual equivale a um exemplo patente dos efeitos da ação da entropia, desenvolvida através de bilhões de anos.

Um dia, em passado longínquo, Marte teria apresentado as condições climáticas semelhantes às existentes, hoje, na Terra, uma vez que o estado mais provável, de ambas, é o resfriamento total, assim como o estado mais provável da vida é a morte e, o estado mais provável da administração é o caos.

“No universo como um todo, o estado mais provável é o caos, a quiescência, a desorganização, a morte entrópica, a catamorfose. O estado mais provável da terra é a nivelação, as montanhas destruídas pela erosão, os rios correndo para o mar e levando com eles a substância das montanhas pela gravidade. O estado mais provável do sol é o apagar-se depois que todas as reações possíveis, as explosões atômicas das quais a terra deriva sua energia tenham ocorrido, simplesmente porque a probabilidade de sua ocorrência vai aumentando com o passar do tempo. Embora o apagamento do sol esteja a bilhões de anos pela nossa frente, não poderemos deixar de pensar em nós mesmos, usando a brilhante expressão de Wiener, como náufragos no espaço confinados a um espaço condenado.12

Mas, neste Universo físico, tendente para os estados de maior entropia, indiferenciação, catamorfose e mesmice, eis que em determinado instante, num passado longínquo, eis que surge uma contra corrente à lei geral da entropia - a Negentropia - e a Terra primitiva se transforma em um enclave negentrópico, no âmbito do cosmo.

Nela a entropia tendeu para a diminuição, desenvolvendo-se uma situação de anamorfose, diferenciação e organização da matéria, surgindo a vida e, iniciando-se um formidável e belo "show" planetário.

“La materia viva ha evolucionado de la materia inerte. La materia inerte renueva continuamente los sistemas de materia viva al fluir por ellos, debido al consumo continuo de energía. 13

Os sistemas vivos constituem sistemas auto-organizadores, auto-reguladores e auto-reprodutores, dotados de mecanismos de “feedback”,  portanto homeostáticos, cibernéticos.

 “A vida é o conflito do singular contra o universal; do desequilíbrio de cada sistema (em relação com seu entorno) contra o equilíbrio máximo; do esforço para manter instável com relação à máxima estabilidade a que tende a natureza; da diferenciação contra a indiferenciação; da ordem contra o caos e da sistematização contra a anarquia... A vida representa a evolução da matéria do estado mais provável para o estado mais improvável... a matéria e a energia se movem simultaneamente a favor e contra a vida... O organismo do ser humano, igualmente a  todos os sistemas de matéria viva, composto por duas ou mais células, constitui uma sociedade de células. 9

O ser humano representa um sistema, maravilhosamente construído, com muitas partes distintas interligadas e inter-relacionadas, capazes de contribuem de várias maneiras para a sustentação de sua vida, para a consecução do seu processo reprodutivo e de suas demais atividades, cujo mecanismo de controle, de regulação, com a finalidade de manutenção da homeostasia, é o dispositivo cibernético denominado “feedback”.

Ao longo do processo evolutivo, os seres vivos (sistemas auto-organizadores, auto-reguladores e auto-reprodutores), agindo uns sobre os outros, integrando o próprio sistema ambiental ou ecossistema (biótopo e biocenose),  mantém  a sua transformação recíproca.

Se considerarmos o ser vivente como tese e, o conjunto   espaço-temporal (ambiente e tempo) como antítese, a síntese será a vitória inexorável dessa dupla sobre cada ser vivo, resultando na morte (síntese).

É possível, entretanto, fazer outra assertiva, igualmente verdadeira, em que o par dialético - vida (tese) e morte (antítese) resulta na evolução (síntese), - colocando, pois, a própria morte, a serviço dessa evolução, caracterizando a Dialética dos Sistemas Vivos e a Dialética Cibernética, proposta pelos autores, o que pode ser expresso através do:

                   Princípio Tanatoteleonomia

            A morte é a resultante da predominância absoluta das ações entrópicas sobre as negentrópicas nos sistemas auto-organizadores e auto-reguladores e representa um dispositivo de retroação ("feedback") dos sistemas vivos, cuja teleonomia é possibilitar a manutenção da cadeia alimentar, do equilíbrio ecológico e o desenvolvimento do ciclo da matéria, restituindo-a ao estado de indiferenciação, como constituinte do sistema físico, além de assegurar o processo de diversificação das espécies, constituindo o motor  da evolução biológica.

No bojo deste Princípio estão contidos, ao mesmo tempo, fundamentos da dialética e da cibernética, cuja justaposição permitiu a proposta da Dialética Cibernética.

“Por medio de la oxidación los compuestos orgánicos  liberan energía y, a su vez, la oxidación significa envejecimiento y aumento de la entropía de dichos sistemas. La oxidación es necesaria para la vida y, al mismo tiempo, significa la muerte. En esto sentido, nos dice Laborit: “Resumiendo, las oxidaciones tendrán el envejecimiento por consecuencia. No es, pues, ilógico decir, que el oxígeno es el tóxico esencial a la vida... Se llega, pues, a un dilema: una forma de vida perfeccionada como la nuestra tiene necesidad de los procesos oxidativas y del oxígeno molecular; pero esos procesos son, sin duda, la origen del envejecimiento y de la muerte. La eternidad o la sumisión al medio, o la libertad y la muerte. En el punto de evolución biológica a que hemos llegado, es evidentemente difícil de imaginar una solución que nos permita conservar la vida y la libertad sin oxígeno.22"

A capacidade que tem o homem de atuar e transformar seu próprio sistema ou seu ambiente constitui trabalho.

O trabalho, tanto de natureza muscular como intelectual, corresponde ao movimento da matéria, energia e informações e constitui a base de toda atividade econômica.

Há uma constante transferência de entropia de um sistema para outro ou para o ambiente e vice versa.

O ser humano, igualmente a qualquer sistema biológico, sofre um desgaste ou deterioração ao transformar energia em trabalho, ocasionando, pois um aumento da entropia em seu organismo.

O homem, ao atuar sobre a matéria, a fim de transformá-la em objeto, acrescenta-lhe negentropia, diminuindo a entropia deste, enquanto a negentropia do corpo do trabalhador fica diminuída, em razão da transferência para o objeto trabalhado e, conseqüentemente, a entropia do organismo humano se torna aumentada.

Quando nem o equivalente da negentropia, despendido pelo corpo do trabalhador for reposto, mediante o salário recebido, se caracteriza a mais expressiva autêntica forma de “mais valia”.

Se o estado entrópico, decorrente do trabalho, não for neutralizado, mediante a reposição de negentropia, ou entropia negativa, resultará na fome, pobreza, miséria, doença e morte.

“Las enfermedades, tanto las físicas como mentales son... manifestaciones de entropía dentro del sistema-organismo-humano que tiende, en mayor o menor grado, a su caos o anarquía. La curación significa buscar los mecanismos de aporte energético que permitan el desequilibrio, ya que la muerte significa el equilibrio con el universo.23"

A referência supra, ao equilíbrio com o Universo significa  a involução da matéria viva até o seu nivelamento com a matéria inerte que corresponde à maioria da constituição do universo.

“La materia viva existente incluye una parte ínfima de la totalidad de la materia inerte que hay en el universo.24"

As ações de saúde correspondem a um conjunto de medidas, capazes de possibilitar a transferência de negentropia do ambiente (sistema de saúde) para o corpo da pessoa assistida, objetivando manter o desequilíbrio deste, com o Universo, já que o verdadeiro equilíbrio com a matéria inerte corresponde à morte.

O enfermeiro, o médico, bem como outros profissionais, situados no sistema de saúde, portanto no ambiente da pessoa assistida, transferem negentropia do sistema de saúde (ambiente) e, conseqüentemente, também, do seu próprio corpo, para o do  paciente, a fim de neutralizar ou minimizar a sua condição entrópica, correspondente ao  processo mórbido.      

“La medicina pretende mantener funcionando correctamente los mecanismos, que el mismo organismo humano utiliza, para permanecer diferenciado y en desequilibrio con el medio ambiente, para continuar vivo, y eliminar todo aquello que agrede y amenaza la integridad y la estructura del organismo.25”

Os processos de informação e comunicação contribuem para a diminuição da entropia no interior do sistema social, à custa do ambiente, cuja entropia é aumentada.

O aporte de negentropia no organismo humano e no sistema social, como um todo, corresponde a um aumento da entropia do ambiente.

“Los sistemas compuestos por materia viva (organismos e sociedad) negativizan su entropía “robándole” entropía negativa a sus alrededores, ya que así mantienen su orden y su desequilibrio ocasionando desorden e equilibrio en el medio que los rodea. Se introduce una cantidad de entropía negativa de fuera hacia a dentro del sistema compuesto por materia viva.26

A entropia dos sistemas vivos é neutralizada através da reposição de negentropia ou entropia negativa - expressões que se equivalem - mediante a sua extração do ambiente.

Há uma interação entre os sistemas vivos e o sistema ambiental, constituindo uma totalidade em que ambos se afetam mutuamente, correspondendo a um processo integrativo, em que um é parte do outro, formando, na realidade, um novo sistema de maior amplitude, de natureza mista: o sistema vivo/ecossistema.

Face à sua importância do antagonismo entre a Entropia e a Negentropia, o tema será complementado nos Capítulos VII - Cibernética dos Sistemas Vivos, VIII - Dialética dos Sistemas Vivos, IX - Dialética Cibernética e X - Sistemismo Ecológico Cibernético Informacional.

Os dois capítulos seguintes (XI e XII) relacionam e apresentam os enunciados dos princípios da perspectiva sistêmica ecológica cibernética informacional, que corresponde ao objeto precípuo deste livro.

O último capítulo (XIII) aborda um utópico sistema social que se convencionou designar como “Sociedade Cibernética” por enfatizar, sobretudo, a presença de mecanismos regulatórios, ou cibernéticos, passiveis de disciplinar uma sociedade equilibrada, aberta, democrática, humana, justa e integrativa, apta para garantir um padrão mínimo de qualidade de vida a todos os seus cidadãos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPÍTULO V

1-      Morin, E. - O Método - 1. A Natureza da Natureza - 2a. edição - Portugal - Publicações Europa - America Ltda. -  Titulo Original: La Méthode - 1. La Nature da Nature -  France - 1977- Edition du Seuil.
2-      FRANCELIN, M.M. - A epistemologia da complexidade e a ciência da informação - Ciência da Informação - Ci. Inf. vol.32 no.2 Brasília May/Aug. 2003
3-      MORIN, E- in ibid (2)
4-      Ibidem.
5-      Ibid (2).
6-   IDATTE, P. - Chaves da Cibernética  - Trad. de Álvaro Cabral  - Rio de Janeiro. - Civilização Brasileira - l972.
7-      MORIN, E. - O Enigma do Homem  - 2ª ed. -  Trad. Fernando de Castro Ferro - Rio de Janeiro - Zahar Editores, 1979. p. 34/35.
8-      CLAUSIUS in GUILLAUMAUD, J. - Cibernética e Materialismo Dialético - Trad. do original francês “Cybernétique et matérialisme dialectique” por Juvenal Hahne Junior e Guilherme de Paula  - Rio de Janeiro -Tempo Brasileiro - 1970. p.113.
9-      CÉSARMAN, E. -  Hombre y entropía -  Editorial Pax-México S/A - Primera edición - México, D.F- Febrero de 1974. p. 273.
10-  Ibidem. p. 11.
11-  CHAVES. M.M. - Saúde e Sistemas - Rio de Janeiro - Fundação Getúlio Vargas - 1972.
12-  Ibid.  (9) p.274.
13-  CHAVES. M.M. - Saúde e Sistemas -  Rio de Janeiro - Fundação Getúlio Vargas - 1972.
14-  RAPP, H.R. in D’AZEVEDO, N. C. -  Cibernética e Vida - Ed. Vozes,  1972.
15-  D’AZEVEDO, M.M. -  op. cit. (9).
16-  DAVID, A - Cibernética e o Homem - Lisboa - Univ. Moderna - Publ. Dom Quixote, Lisboa, Trad. de Antônio Reis, Paris - Ed. Gallimard, 1970.
17-  Ibid. (9). p. 2.
18-  Ibidem. p.502.
19-  CHARDIN, P.T. - O Fenômeno Humano - Filosofia  e Religião - 16o. Volume - Porto - Livraria Tavares Martins. 1970.
20-  Ibid. (9) p.1.
21-  Ibidem. p.191.
22-  Ibidem. p.143.
23-  Ibidem. p.503.
24-  Ibidem. p.274.
25-  Ibidem. p.502.
26-  Ibidem. p. 274.


Todos os direitos reservados aos autores
copyright Ó by Edson N. Paim e Rosalda C.N.   

PREMISSA (Do livro "Teoria Sistêmica Ecológica de Enfermagem" - 2a. Edição)


PREMISSA

                                                                      Rosalda Paim


                     Vivemos em uma época em que ocorre uma verdadeira explosão ou avanços em todos os ramos do conhecimento. Daí surge a necessidade de conhecimento especializado, de vez que todo campo de estudo torna-se, dia a dia, mais complexo. Isto tem óbvias vantagens. Entretanto, isto torna a cultura de cada indivíduo, dia a dia, mais parcializante, conduzindo-o a uma percepção casuística da realidade e, comprometendo sua visão gestaltista, sistêmica, holística, global ou de conjunto.
                 A abordagem do homem não constitui exceção, focalizado como objeto do conhecimento. Disseca-se, cada vez mais, sua estrutura anatômica, se desenvolve estudos histológicos, a sua fisiologia geral e específica (físico-química), incluindo a muscular, cardiovascular, respiratória, renal, neuro-hormonal e outras, atingindo níveis moleculares e iônicos. Investiga-se sua estrutura genética, o equilíbrio hidro-eletrolítico, ácido-básico, enfim, os seus níveis homeostáticos e, seu passado evolutivo.
                A necessidade de especialização vem conduzindo os ultra-especialistas a uma estrutura de conhecimento fragmentário que dificulta e distorce a percepção da realidade. 
               Esta visão é, entretanto, compatível com o paradigma cartesiano-newtoniano, analítico, mecanicista e reducionista que norteou o desenvolvimento científico-tecnológico, inclusive a  evolução da medicina  e  da enfermagem até os nossos dias.
                 A enfermagem, no Brasil, embora tenha surgido no contexto da saúde pública, teve o seu desenvolvimento no âmbito da medicina, adotando desde logo o seu paradigma.
                 Este consórcio permitiu, sem dúvida, o seu crescimento até determinado patamar, mas daí em diante, passou a constituir, até mesmo, um entrave, impedindo o crescimento da enfermagem e sua diferenciação como ramo autônomo do saber.
                 Na verdade, o modelo médico se cristalizou consoante a visão mecanicista, cartesiano-newtoniana da realidade e, portanto  fragmentária  e parcializante.
                         Como "divindade" tutelar a medicina, preferiu Panacéia a Higéia, centrando seus estudos nas especialidades médicas e na patologia, relegando a plano secundário os conhecimentos globais e a abordagem de  natureza profilática.     
               Esta perspectiva mecanicista, analítica, fragmentária, newtoniana-cartesiana e patológica, direcionou a medicina para os rumos das especializações e ultra-especializações, focalizada nos órgãos e na doença e, não no organismo e na saúde, centrada no trabalho pessoal e no paciente individual, voltada para a utilização de equipamentos, cada vez mais sofisticados, centrada na  medicalização e mercantilização, relegando a plano secundário os contextos social e  ambiental.
                 Assim, os mesmos paradigmas que nortearam o avanço  científico e tecnológico e o progresso da medicina, durante vários séculos, tendo atingido o ápice do ramo ascendente de sua trajetória, chegando ao seu apogeu e, agora, entrou na fase de declínio, estando prestes a se exaurir, por isto, precisam ser reciclados ou substituídos.
                 Em conseqüência de uma nova cosmovisão, imposta pela física moderna, expressa pela teoria da relatividade (Einstein), pela teoria quântica (Max Planck), pelo do princípio da incerteza (Heisenberger e outros), acrescida de uma visão orgânica da realidade, oriunda dos avanços da biologia e da ecologia, tornando-se necessários que sejam efetuados profundos reajustes da perspectiva cartesiano-newtoniana.
            O conhecimento médico e o modelo da medicina estão muito cristalizados e quase imunes ao processo de mudanças, mormente quando se necessita de uma verdadeira revolução no Setor de Saúde.
                 O modelo biomédico vigente não serve mais, nem para a própria medicina, que busca incessantemente novos caminhos, novas alternativas, passíveis de reverter o quadro atual e retirá-la do impasse em que se encontra, pois desenvolveu uma prática assistencial de saúde, considerada pela maioria dos estudiosos do tema, como iníqua, ultrapassada e, mesmo, perversa.
                 Se já obsoleto para a medicina, tal modelo não pode continuar balizando o roteiro da enfermagem, sobretudo nesta etapa de sua evolução.
                 Para se alçar à condição de ciência, a enfermagem precisa provocar uma ruptura com o paradigma newtoniano-cartesiano, buscar novos caminhos, inserindo-se na realidade do pensamento científico e das idéias sociais contemporâneas.
                 O “paradigma que propomos para a Enfermagem é expresso pela Teoria Sistêmica Ecológica Cibernética de Enfermagem”, desenvolvida a partir de 1967 e, constante de Tese de Livre Docência (Paim, 1974), designada então "Teoria Sistêmica de Enfermagem".
                 Esta teoria, em sua versão atual, está alicerçada em estudos teóricos e, em práticas e experiências profissionais, vivenciadas durante mais de meio século, em atividades de ensino, pesquisa e extensão (assistencial), utilizando o próprio modelo dos sistemas auto-oganizadores e auto-reguladores, como o dos seres vivos e dos ecossistemas naturais, portanto, mediante uma abordagem de natureza orgânica, não mecanicista, tendo sua base filosófica no Pensamento Sistêmico Ecológico Cibernético Informacional (Sistemismo Ecológico Cibernético Informacional), um construto, também de nossa autoria, de natureza multirreferencial e holística, elaborado com alicerce no Método Cientifico, na Física moderna, no Gestaltismo, no Sistemismo, na Cibernética, na Teoria de Informações, na Ecologia, na Fisiologia (Bioquímica e Biofísica), no Estruturalismo, no Funcionalismo, na Genética, na Teoria da Evolução, na Ciência da Administração, na Dialética, particularmente em uma Dialética dos Sistemas Vivos, além de fundamentado em outros ramos do saber, integrantes do pensamento científico contemporâneo, constituintes de uma nova cosmovisão que corresponde a aspectos de uma ruptura das fronteiras do conhecimento e interprete de uma linha de interdisciplinaridade e transdisciplinaridade que representa uma busca na direção da possível unidade da ciência.
                 Nesta nova visão (holística) do universo, da vida, do homem (sistema humano), do ambiente, da sociedade, da saúde e da enfermagem, em que se percebe a doença, apenas, como uma intercorrência ao longo do processo vida (existência) e a saúde como um estado de equilíbrio (homeostasia) da relação de trocas de matéria, energia e informações entre o sistema humano e o seu ecossistema, o enfermeiro exercerá, em toda a plenitude, sua prática social característica, desempenhando sua função e papeis profissionais no afã de “assistir” e "cuidar" do ser humano em sua integralidade e inserido em seu contexto ecológico, como se encontra estipulado nos Princípios das Ações Simultâneas e de Adequação do Ambiente, abrangendo todos os estágios do ciclo vital, incluindo o instante da morte, transcendendo-a para alcançar o período pós-morte imediato, expresso pelo Princípio da Extrapolação do Ciclo Vital.
                 Estes princípios são integrantes da Teoria Sistêmica Ecológica Cibernética de Enfermagem, objeto desta publicação.
                 Para balizar a trajetória da enfermagem, na época presente e nos dias futuros, faz-se necessária a adoção de um sistema referencial próprio, cuja focalização constitui o objetivo deste livro.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Wanda Horta e Rosalda Paim: Duas teoristas (brasileiras) da Enfermagem



CORPOANÁLISE (1)

CORPOANÁLISE 1 (Substratos de minicurso criado e ministrado por Carlos Roberto Fernandes na VIII Semana de Eventos das Faculdades Tecsoma, de 25 a 27/10/2005, sob o título "Semiótica do Cuidado: Nova Semiologia para a Enfermagem)
No Brasil, o primeiro modelo metodológico de processo de enfermagem (PE) foi proposto e aplicado pela teorista de enfermagem Vanda de Aguiar Horta.
Em 1965, na disciplina de Fundamentos de Enfermagem, Horta introduz um roteiro de observação sistematizada para pessoas hospitalizadas, por ela denominado histórico de enfermagem;[1] relata ter iniciado a aplicação do Histórico de Enfermagem, elaborado em conjunto com suas alunas, num estudo piloto em 1969 e que em 1971 aplicaram aquele roteiro em mais de 500 pessoas hospitalizadas.[2] Em 1979 é publicado seu livro "Processo de Enfermagem".
Processo de enfermagem (PE) é um método de resoluções de problemas de enfermagem, usado no exercício da consulta de enfermagem e cuja finalidade é a assistência de enfermagem: o PE de Vanda Horta compõe-se de Histórico de Enfermagem, Diagnóstico de Enfermagem, Plano Assistencial, Prescrição de Enfermagem, Evolução de Enfermagem e Prognóstico de Enfermagem.
Vários são os modelos vigentes de PE, com variações de fases e de nomenclatura, embora todas as variações mantenham as cinco etapas tradicionais criadas pelas enfermeiras norte-americanas na primeira metade dos anos da década de 1970: Histórico, Diagnóstico, Planejamento, Implementação e Avaliação de Enfermagem.
Do ponto de vista teórico, Vanda Horta translitera para a enfermagem uma parte da teoria da motivação humana do psicólogo Abraham Maslow (1908-1970) e a terminologia de necessidades psicobiológicas, psicossociais e psicoespirituais do padre João Mohama; para Horta, a finalidade da enfermagem é atender ou assistir o indivíduo em suas supostas necessidades humanas básicas afetadas e promover o autocuidado.
Autocuidado ou cuidado de si é outra teoria de enfermagem, desenvolvida entre 1971 e 1980 pela enfermeira norte-americana Dorothea Orem.


[1] Horta, Vanda de Aguiar. A Observação sistematizada como base para o diagnóstico de enfermagem. Rev Bras Enferm, Rio de Jeneiro (RJ) 1971 jul/set;24(5):46-53.
[2] Horta, Vanda de Aguiar. A Metodologia do processo de enfermagem. Rev Bras Enferm, Rio de Jeneiro (RJ) 1971 out/dez;24(6):81-95.


Escrito por carlosfernandes às 23h23
[(0) Comente a mensagem lida] [envie esta mensagem]


Fonte: Blog

http://cienciadocuidado.zip.net/

Notícas sobre Rosalda Paim:
http://www.google.com.br/search?q=Deputada+rosalda+paim&hl=pt-BR&pwst=1&start=20&sa=N
CORPOANÁLISE (2)
O trabalho de sistematização da assistência de enfermagem e a proposição de uma nova teoria de enfermagem, realizados por Horta, teve duas motivações, por ela mesma colocadas: falta de sistematização dos conhecimentos de enfermagem; erro de se estudar a enfermagem em função do saber e da prática médica de cuidado a determinadas doenças.[1]
No estudo do pensamento de Vanda Horta, para o trabalho de enfermagem torna-se clara a especificidade do saber e da prática de enfermagem mediante diagnóstico e assistência às necessidades humanas básicas afetadas de pessoas hospitalizadas; ou seja, a teoria de enfermagem e a metodologia do processo de enfermagem utilizadas por aquela teorista foram concebidos (para) e aplicados na especialidade de enfermagem hospitalar e não para a especialidade de enfermagem de saúde pública. Esta afirmação obviamente contradiz o trabalho coletivo realizado atualmente em Curitiba-Paraná para construção e implementação de uma nomenclatura de diagnósticos e intervenções de enfermagem na rede básica de saúde e que se utiliza do pensamento, da nomenclatura e do processo de enfermagem com Vanda Horta.
Revisando e ampliando o trabalho teórico-metodológico de Vanda Horta, em 1978 é proposta a teoria sistêmica de enfermagem por Rosalda Cruz Nogueira Paim, fundamentalmente diferente da teoria das necessidades humanas básicas (NHB), usada por Horta: para Rosalda Paim é impossível a enfermagem atender às NHB dos indivíduos; mantendo-se restrita à especialidade da enfermagem hospitalar, essa teorista defende que o factível é reconhecer e atender às necessidades gerais, comuns a todas as pessoas hospitalizadas e às necessidades específicas, relacionadas à doença de cada uma delas.
Na proposta de Rosalda Paim, gerais e específicas em conjunto formam o conceito de necessidades globais ou necessidades de assistência de enfermagem.


[1] Horta, Vanda de Aguiar.Contribuição para uma teoria de enfermagem. Rev Bras Enferm, Rio de Jeneiro (RJ) 197o jul/dez; 23(3, 4, 5 e 6):119-125.


Escrito por carlosfernandes às 23h25
[(0) Comente a mensagem lida] [envie esta mensagem]
Fonte: Blog

http://cienciadocuidado.zip.net/


Leia sobre Rosalda Paim:
http://www.google.com.br/search?q=Deputada+rosalda+paim&hl=pt-BR&pwst=1&start=20&sa=N

terça-feira, 21 de junho de 2011

Cibernética e administração (Wikepédia)


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Text document with red question mark.svg
Este artigo ou secção contém uma lista de fontes ou uma única fonte no fim do texto, mas estas não são citadas no corpo do artigo. (desde fevereiro de 2011)
Por favor, melhore este artigo introduzindo notas de rodapé citando as fontes, inserindo-as no corpo do texto quando necessário.

A cibernética é a ciência da comunicação e do controle, seja nos seres vivos, ou seja nas máquinas. A comunicação é que torna os sistemas integrados e coerentes e o controle é que regula o seu comportamento. A cibernética compreende os processos físicos, fisiológico, psicológico etc. de transformação da informação.
A cibernética é uma teoria dos sistemas de controle baseada na comunicação entre os sistemas e o meio/ambiente e dentro do próprio sistema.
As empresas são sistemas excessivamente complexos (extremamente complicados e não podem ser descritos de forma precisa e detalhada), probabilísticos (é aquele para o qual não poderá ser fornecida uma previsão detalhada) e regulamentados que funciona como organismos vivos, que desenvolvem técnicas de sobrevivência num ambiente interno e externo em alteração continua.
Na cibernética procura-se representar os sistemas originais através de outros sistemas comparáveis, que são denominados modelos. Um modelo provisório que o representa, para facilitar o tratamento das entidades evolvidas no estudo, pois a manipulação de entidades (pessoas e organização) é socialmente inaceitável ou legalmente proibida.
No caso da administração, por exemplo, a cibernética pode envolver estudos sobre: pessoas, áreas, departamentos, unidades de negócios, empresas, grupos empresariais, etc.
A cibernética também está associada ao uso de sistemas de comunicação e conseqüentemente aos seus componentes, que são vitais para troca de informações da organização com o ambiente e dentro dela mesma.

As principais conseqüências da cibernética na administração

Com a mecanização que se iniciou com a Revolução Industrial, o esforço muscular do homem passou para a máquina. Porém com a automação provocada pela Cibernética, muitas tarefas que cabiam ao cérebro humano passaram para a máquina. A Cibernética está levando a uma substituição do cérebro humano. O computador tende a substituir o homem em uma gama crescente de atividades, e com grande vantagem. As principais conseqüências da Cibernética na administração são duas: a automação e a informática.
Automação
Ultra-mecanização, super-racionalização, processamentos contínuos e controle automático nas indústrias, nos comércios e nos serviços bancários. Com a automação surgiram as fábricas autogeridas: algumas indústrias químicas, como as refinarias de petróleo, apresentam uma automação quase total. O mesmo ocorre em organização cujas atividades ou operações são relativamente estáveis e cíclicas, como as centrais elétricas, ferrovias, metrôs, etc. Os autômatos, em cibernética, são máquinas ou engenhos que contém dispositivos capazes de tratar informações que recebem do meio exterior e produzir ações.
Informática
Tratamento racional e sistemático da informação por meios automáticos, associado ao uso dos computadores. Embora não se deva confundir a informática com computadores, na verdade ela existe porque existem os computadores. Na realidade, a informática é a parte da cibernética que trata da relação entre coisas e suas características, de maneira a representá-las por meio de suportes de informação, trata ainda, da forma de manipular esses suportes, em vez de manipular as próprias coisas. A informática é um dos fundamentos da teoria e dos métodos que fornecem as regras para o tratamento da informação. O processamento de informação levou ao surgimento do computador eletrônico, o qual deu início a era da informática. É uma ferramenta a disposição das empresas e pessoas, mas sua não utilização ou seu desconhecimento pode ser a diferença entre o sucesso e fracasso em qualquer atividade.

Tendência: Cibernética e um novo paradigma de gestão de organizações

A abstração que nos permite distinguir uma empresa como um sistema, também permite que administradores, gestores e colaboradores possam refletir sobre sua organização como um sistema cibernético que se adapta ao meio a partir de um processo de perceber o mesmo e o meio ambiente e retroalimentar seus processos e decisões a partir desta percepção.

Para que um sistema se adapte ao meio, é necessário que o mesmo mude sua estrutura dinamicamente a cada momento. Isto é possível através de um processo recursivo de agir, perceber o meio e o resultado de suas ações (feedback), re-projetar as ações e agir novamente.

Nesse contexto, a cibernética surge como uma ciência que valoriza a percepção de cada ser humano que compõe o sistema e o retroalimenta com o seu ponto de vista e entendimento do que ocorre no meio-nicho onde a organização se acopla.

Uma organização pode ampliar sua percepção do meio em que se insere, se ampliar e validar a comunicação informal que ocorre entre os membros que compõe este sistema, aumentando assim a consensualidade e a coordenação entre os mesmos, fazendo com que a percepção de um ente do sistema possa ser vista e ganhar potência dentro da rede de conversações da organização.

Existem diversos tipos de técnicas e métodos que possibilitam este tipo de aprendizagem informal nas organizações, entre elas as Conversações Cibernéticas, The World Café, Espaço aberto etc.

Bibliografia

  • CHIAVENATO, Idalberto. "Introdução à Teoria Geral da Administração", 4ª Edição, Ed. Makron Books.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Missa no Rio de Janeiro lembra 7° ano sem Leonel Brizola

O 7° aniversário da morte de Leonel Brizola será lembrado nesta terça-feira, 21 de junho, às 11 horas da manhã, com missa no Rio de Janeiro na Igreja de São Benedito dos Homens Pretos, na rua Uruguaiana – esquina com rua do Rosário – no Centro da cidade - mandada celebrar pela direção estadual do PDT-RJ e o Ministro Carlos Lupi.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Prefácio do Livro "Teoria Sistêmica Ecológica Cibernética de Enfermagem" - por *José Raymundo Martins Romêo


PREFÁCIO DESTA  EDIÇÃO

                      
                                         * José Raymundo Martins Romêo


                 Prefaciar um livro constitui privilégio e honra. Esta cuidadosa publicação expressa o sentido universitário da ilustre Professora Rosalda Paim. Seu vigor intelectual produziu Teoria Sistêmica Ecológica Cibernética de Enfermagem - Uma Visão Holística da Enfermagem. Sua obra encerra uma busca de novos caminhos, promove ruptura com o paradigma condicionante da Enfermagem. Empenha-se em reduzir barreiras profissionais e melhor situar a importância do universo da profissão que exerce, ensina, engrandece e sempre valoriza.
                 Há na autora admirável perseverança no seu ideal. Coerente e congruente, deixa marcas do seu pensar e agir. Não se limita ao saber acumulado, projeta-o. Amplia suas dimensões. Desenvolve um típico trabalho universitário. Quer o ensino pleno, a pesquisa inovadora que a extensão ratifica, com resultados favoráveis, idéias que considera devam ser analisadas e debatidas para promover mudança e transformação.
                 Deseja fazer revisão de conceitos que cerceiam e podem limitar a profissão. Traz para a sua visão panorâmica, geral e holística, argumentos encontrados, de forma sistêmica, em diversas áreas do saber. Conjuga argumentos da fisiologia e da ecologia - o que denomina fisioecologia. Dá ênfase às trocas de matéria, energia e informações que se processam entre o Sistema Humano e o Ambiente.
_____________________________________________________
         * Ex-Reitor  da  Universidade  Federal  Fluminense

                      Valoriza a força vital (superando-a pela negentropia) e ressalta, em síntese, a expressão de Florence Nightingale: Colocar o paciente em condições em que a natureza possa atuar”.
A ilustre Professora Rosalda Paim impressionou-me quando de  meus  períodos  como  Reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF).
                 É dotada de benéfico inconformismo, impregnado de exemplar espírito universitário.
                A leitura leva-nos a reflexões sobre o mundo sistêmico no qual estamos inseridos. Enriquece quem toma conhecimento das idéias que expõe com entusiasmo e competência profissional.
                 Líder, a Professora Rosalda Paim enveredou também pelos caminhos árduos da Política, não por interesse pessoal, mas procurando o bem comum e a valorização da nobre profissão de Enfermagem. O presente livro, leitura obrigatória por quantos desejam situar a Enfermagem como Ciência, será certamente base para obra mais ampla, não referida apenas à Enfermagem, mas relacionando a Ciência e Meio Ambiente.
                 Privilégio e Honra. Privilégio por ter acesso a essa obra, difícil porque inovadora, meritória porque pioneira. Honra por poder expressar minha admiração por esta figura exponencial da Universidade Federal Fluminense, a Professora Rosalda Paim.
                 “Teoria Sistêmica Ecológica de Enfermagem - Uma Visão Holística da Enfermagem” é obra à imagem e semelhança  de sua autora, Rosalda Paim. Criativa, moderna, ousada, científica, mas, sobretudo instigante, é obra maior, contemporânea do Futuro.